CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS ADULTOS -
NOVA VISÃO
EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR
ATIVIDADE 01
NÃO SOMOS PREGUISOSO,
MAS DIFERENTES.
É comum, quando
estudamos a escravidão no Brasil, algumas pessoas acharem que os indígenas eram
preguiçosos demais para trabalhar na lavoura de cana-de-açúcar e que, por isso,
os portugueses trouxeram os africanos. Esse pensamento passa a ideia de que os
povos nativos eram e são preguiçosos.
È um entendimento
equivocado. O que ocorre é que, os indígenas são avaliados de acordo com os
valores da cultura ocidental, que faz uma divisão social de classes – pessoas
que tem maior poder financeiro e pessoas que não tem -, a propriedade privada,
a exploração da terra voltada para o mercado e uma estrutura de comando hierarquizada.
As sociedades
indígenas são igualitárias, ou seja, sociedades sem classe. Têm, portanto, uma
cultura diferente da nossa, outros hábitos, costumes e tradições. Por exemplo,
para os indígenas, as guerras significavam exaltação da coragem, e, para os
portugueses, o objetivo era o domínio e a escravização do inimigo.
Apesar de toda a
violência que passaram, podemos afirmar que os indígenas foram, ao mesmo tempo,
culturalmente, transformados e transformadores.
Mudaram gostos e
hábitos dos seus algozes. Influenciaram na alimentação, na língua, nos
costumes, na forma de vida e, através dos relacionamentos com as índias (muitas
vezes oferecidas como esposas para, do ponto de vista indígena, fixar aliança
com os portugueses), contribuíram para a nossa miscigenação.
Os indígenas lutaram e
lutaram, árdua e constantemente, através de movimentos e organizações indígenas
e da participação política elegendo vereadores e prefeitos índios,
principalmente na região da Amazônia, para conquistar e garantir os seus direitos.
Uma das vitórias mais
significativas dessas lutas foi à inclusão na atual Constituição Federal dos
direitos indígenas, principalmente a garantia dos direitos a terra:
“Constituição da República Federativa do Brasil – 1988 – Título VIII – Da Ordem
Social; Capítulo VIII – Dos Índios.
Além dos direitos a
terra, houve o reconhecimento da identidade indígena e com o decorrer do tempo
e mais lutas a garantia, através do Estatuto do Índio, do ensino bilíngue, ou
seja, o uso da língua materna e do português no processo de alfabetização.
Porém nem tudo são
flores. Ainda hoje os indígenas são obrigados a lutar pela defesa e respeito
aos seus direitos contra garimpeiros, madeireiros, grandes fazendeiros
criadores de gado, plantadores de arroz e invasores em geral.
Um dos casos mais
recentes foi o reconhecimento da demarcação das terras Indígenas Raposa Serra
do sol, em Roraima.
Embora a demarcação
dessas terras tenha ocorrido em 2005, houve reação violenta por parte dos
arrozeiros e a decisão foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em
abril de 2008. Será que os indígenas desistiram de garantir seus direitos?
Diante do obstáculo
judicial os grupos indígenas aliados a entidades e pessoas solidárias à causa,
lutaram e conseguiram a vitória em março de 2009 quando o STF decidiu
favoravelmente sobre a legalidade da demarcação da reserva indígena Terra
Indígena Raposa Serra do Sol, determinando inclusive um prazo para os não
índios se retirarem da reserva.
Entre os diversos
povos indígenas que ainda habitam nossa terra, alguns estão buscando se
integrar ao mercado de compra e venda, e outros estão retomando antigos hábitos
e costumes para re-encontrar a auto estima perdida. Buscam algo que não
encontram na cultura ocidental: as suas integridades física, cultural e
espiritual.
Atividade 01
1. Retire do Texto “A
resistência indígena” uma frase que revele a resistência dos povos indígenas
brasileiros à dominação européia.
Os indígenas lutaram
arduamente através de movimentos para eleger vereadores e prefeitos índios para
conquistar e garantir os seus direitos
2. Leia atentamente o
texto “Não são preguiçosos, mas diferentes” e procure escrever sobre as
diferenças entre a sociedade portuguesa e as sociedades indígenas.
As sociedades indígenas
são igualitárias entre os índios e a sociedade portuguesa tinha o objetivo do
domínio e escravidão do inimigo.
3. Qual é o processo
mais comum quando se fala sobre a substituição dos indígenas por escravos
negros? Por que esse preconceito é comum?
Alguns portugueses achavam
os índios preguiçosos para trabalhar na lavoura e por esse motivo trouxeram os
africanos para tal fim.
4. Cite um exemplo,
recente de luta dos grupos indígenas para garantir seus direitos.
Ainda hoje os indígenas
são obrigados a lutar pela defesa e respeito aos seus direitos contra invasores
em geral.
5. Faça um paralelo
sobre os povos indígenas e a etnia alemã e austríaca a respeito da língua.
a) Além dos
direitos a terra, houve o reconhecimento da identidade indígena e com o
decorrer do tempo e mais lutas a garantia, através do Estatuto do Índio, do
ensino bilíngue, ou seja, o uso da língua materna e do português no processo de
alfabetização.
Ambos possuíam o direito
do ensino bilíngue o uso a língua materna e do português no processo de alfabetização.