terça-feira, 4 de setembro de 2012


CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS ADULTOS - NOVA VISÃO

 


EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

ATIVIDADE 02

 

Os nossos ancestrais africanos

 

Os negros africanos foram trazidos, principalmente, da costa ocidental da áfrica. Os nossos colonizadores trouxeram, aproximadamente, 5 milhões de pessoas que foram utilizadas como mão de obra escrava em diversas atividades como agricultura, mineração, serviços domésticos, etc.

Havia os bantos de área hoje conhecidas com o nome de Angola e Moçambique. Também vieram grupos africanos de formação religiosa islâmica, como os mandingas, Haussa e, do norte da Nigéria, os negros malês. E alguns grupos menores da Serra Leoa e da Costa do Marfim.

A escravidão africana foi praticada durante mais de três séculos. No Brasil, só século XVI ao final do século XIX. Os sofrimentos pelos quais os africanos passaram foram inúmeros e cruéis.

Para os europeus, todos os povos diferentes dele eram considerados inferiores. Aqui, os portugueses entendiam que os africanos, que vieram obrigados, eram animais irracionais e não tinham alma, religião e cultura. Enfim, para os europeus, os escravos não passavam de objetos, mercadorias e, quando chegavam à América, eram registrados e marcados para venda.

Era, obrigados, por meio de horríveis torturas físicas, a executar os piores tipos de tarefas.

Dessa forma, sem referência de identidade e de cultura, isolados, os escravos africanos, depois de muito tempo no Brasil, passaram a se comunicar falando o português que aprenderam através dos gritos dos feitores. Esse aprendizado levou à disseminação da língua portuguesa nas áreas onde trabalhavam: o nordeste açucareiro e as zonas de mineração no centro do país.

Isolado de seu berço africano e longe dos olhos de seus senhores, o negro obteve consolo nas crenças religiosas, nas danças, na música e nas criações culinárias. Apesar das dificuldades impostas pela classe dominante.

A RESTÊNCIA NEGRA

 

A resistência à escravidão, que começou ainda em terras africanas, tornava se mais sofrida durante a travessia do oceano Atlântico.

Existiram diferentes formas de resistência, que foram constantes na história brasileira. Por exemplo, fugas, formação de quilombos ou mocambos e revoltas, roubos, sabotagem, assassinatos, suicídios e abortos.

A fuga, por si só representava a liberdade e o distanciamento dos maus tratos e também expressava um ataque ao “direito de propriedade” dos lusitanos, pois os escravos eram considerados propriedades.

Os quilombos foram a forma mais eficiente e organizada encontrada pelos negros para resistir à escravidão. Existem relatos dessas organizações em aldeias de Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais e em terra Gaúchas... O mais importante foi o quilombo de Palmares, no século XVII, formado por várias aldeias que se espalharam por terras que hoje fazem parte dos estados de alagoas e Pernambuco. Existiu entre 1630 e 1695. Passou então a ser atacado por expedições patrocinadas pelo governo português e fazendeiros, mas resistiu a todas elas. Para destruir o quilombo de Palmares foi preciso um exército de 9 mil homens.

Palmares foi destruído, mas permaneceu na memória das populações negras, assim como o nome do seu último líder, Zumbi. Sua morte ocorreu por volta de 1695. O dia 20 de novembro, muitos anos depois tido por alguns como a data da morte de Zumbi, foi escolhido como “Dia Nacional da Consciência Negra”. Cada passo dado em direção à consciência de ser negro e contra as discriminações raciais é comemorado. A escravidão no Brasil teve como um dos resultados a exclusão social, ainda hoje observada nas periferias e favelas dos grandes centros urbanos do país.

Outro exemplo marcante da resistência negra no Brasil foi a Revolta dos Malês ocorrida em 1835 na cidade de salvador.

Malê é um termo ioruba que designa muçulmano. Os malês, que exerciam atividades livres, conhecidos como negros de ganho (alfaiates, pequenos comerciante, artesãos e carpinteiros), se organizaram em torno de propostas de libertação dos escravos negros e contra a repressão do catolicismo.

Traídos. Os revoltosos que não foram mortos em combate acabaram condenados a tortura, degredo e até a pena de morte.

A influência da cultura africana é grande no Brasil: a língua portuguesa, alimentação, ritmos musicais, danças, literaturas, poesia, religião, instrumentos musicais, vestimentas, penteados, etc.

 

Atividades 02

1. Como os portugueses consideravam os povos diferentes deles?

Todos os povos diferentes deles eram considerados inferiores.

 

2. Localize e transcreva do texto “Os nossos ancestrais africanos” o trecho que revela uma das estratégias da classe dominante para dificultar a resistência organizada do escravo africano.

Eram obrigados por meio de horríveis torturas físicas a executar os piores tipos de tarefas.

 

3. “A influência da cultura africana é real no Brasil”. Tendo por base a leitura do texto “a resistência negra”, justifique essa afirmação.

Apesar das dificuldades impostas pela classe dominante a influência da cultura africana é grande no Brasil, com suas danças, alimentação, penteados, instrumentos e ritmos musicais, etc...

 

4. Para você, qual o significado do “Dia da Consciência Negra”?

A data é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira é sua luta contra o preconceito racial.

 

5. As pessoas geralmente acham que os negros trazidos da áfrica eram todos iguais. E que nossos índios também são todos iguais. Justifique.

Quais são as origens de nossa diversidade cultural?

Existe em nosso Brasil uma pluralidade de diferentes culturas e cada ano que passa surgem mais.