quarta-feira, 3 de outubro de 2012


 

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Atividade – 3 Blog -

 

 

                            Novas ondas migratórias

 

      Em 1845 o Parlamento inglês aprovou a lei Bill Aberdeen proibindo o comércio de escravos entre a África e a América obrigando o governo brasileiro a promulgar a lei Eusébio de Queirós, em 1850. Com essa lei o Brasil tomava medidas para perseguir e acabar com o tráfico negreiro deixando claro à Inglaterra que nós mesmos resolveríamos esse problema.

     Isso aconteceu no mesmo período em que houve o aumento da população na Europa e das lutas pela unificação da Itália e da Alemanha levando as populações desses países a buscarem na emigração uma saída para a miséria e as lutas internas.

     A proibição do tráfico provocou o aumento do preço dos escravos, o Brasil passou a disputar o enorme contingente de imigrantes europeus para contornar o problema causado pela lei Eusébio de Queirós, ou seja, a falta de mão de obra.

     Mesmo antes da assinatura da Lei Áurea, no dia 13 de maio de 1888, pela princesa Isabel – filha de D. Pedro II – outro problema perturbava as cabeças de parte da elite nacional.

     Essas elites não viam com bons olhos o pagamento do trabalho dos negros e mestiços que antes eram seus escravos. A partir desse momento para elas, a quantidade de não brancos era grande na população.

     Lembra-se da teoria evolucionista defendida por Charles Darwin, explicada no capítulo 3 do 6º ano? Então, a partir da metade do século XIX, essa teoria passou a ser utilizada para explicar as diferenças existentes entre os europeus e os outros grupos humanos. Era dito que a espécie humana estava dividida em raças e que os homens brancos estavam no topo do desenvolvimento entre os humanos.

     Por isso a elite branca defendeu a tese do branqueamento do povo brasileiro como um projeto nacional. Para atingir esse objetivo, a elite brasileira da época entendia que se tornava necessário aumentar a quantidade de europeus no Brasil.

     Essa classe social queria viver aqui como se estivesse na Europa, cercada por pessoas de cor branca e falando francês. Para isso, entendiam que era necessário “apagar da memória” os traços e lembranças de nossa herança negra e indígena.

     O antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, na década de 1930, antes de vir ao Brasil para trabalhar e realizar pesquisas ouviu do embaixador brasileiro a seguinte declaração:

 

“Índios? Infelizmente, prezado cavalheiro, lá se vão anos que eles desapareceram.”

 

     Os imigrantes europeus chegaram aqui fugindo da miséria e da fome em seus países. Entendiam que em nosso país teriam melhores condições de vida. Mas, antes da sonhada melhoria, tiveram que lidar com uma elite agrária acostumada a tratar de forma preconceituosa a sua mão de obra.

     Muitos foram para as cidades, pois não suportavam as condições de trabalho no campo, As portas estavam mais abertas para eles do que para os negros e mestiços. Afinal, não sofriam discriminação racial. Os descendentes de negros precisavam disfarçar seus traços de africanidade, porque o padrão de beleza e de moral no Brasil era o do homem branco. Porém, continuavam a sofrer o preconceito racial.

     Desde a nossa descoberta até o início do século XX, chegaram aqui cerca de 5 milhões de imigrantes, sendo:

 

·        1,7 milhão de portugueses;       * 250 mil alemães;        * 700 mil espanhóis;

·        1,6 milhão de italianos;             * 230 mil japoneses;      * 90 mil sírio-libaneses.

 

     Hoje somos 189,6 milhões de brasileiros e conseguimos abrigar, até o final do século XX, 4,5 milhões de imigrantes, incluindo eslavos, ingleses, suíços, suecos, húngaros, franceses, holandeses, poloneses, árabes, judeus, coreanos e norte-americanos.

 

1 – Selecione do texto “Novas ondas migratórias” um trecho que demonstra a visão da elite, na época, sobre a libertação dos escravos.

    Essas elites não viam com bons olhos o pagamento do trabalho dos negros e mestiços que antes eram seus escravos. A partir desse momento para elas, a quantidade de não brancos era grande na população.”

 

 

2 – Relacione a teoria de Charles Darwin com a preocupação das elites em “branquear” a população.

Essa teoria passou a ser utilizada para explicar as diferenças existentes entre os europeus e os outros grupos humanos. Era dito que a espécie humana estava dividida em raças e que os homens brancos estavam no topo do desenvolvimento entre os humanos.

     Por isso a elite branca defendeu a tese do branqueamento do povo brasileiro como um projeto nacional. Para atingir esse objetivo, a elite brasileira da época entendia que se tornava necessário aumentar a quantidade de europeus no Brasil.

     Essa classe social queria viver aqui como se estivesse na Europa, cercada por pessoas de cor branca e falando francês. Para isso, entendiam que era necessário “apagar da memória” os traços e lembranças de nossa herança negra e indígena.

 

3 – Qual o significado da frase que o embaixador brasileiro, na época, disse ao antropólogo Lévi-Strauss?

 

A idéia de que com a imigração européia no Brasil. Não levaria muito tempo para que  a etnia indígena desaparecesse do território Brasileiro. Mas não foi isso que aconteceu.

 

 

4 – Compare a vida dos imigrantes europeus e asiáticos no século XIX com a dos ex-escravos africanos. Qual a sua conclusão?

 

O que podemos observar em nossos estudos  é que todos o imigrantes que aqui chegaram no Brasil sendo  africanos , europeu ou  asiático todos sofreram com  a adaptação cultural , uma história permeada pelo sistema capitalista, a busca de trabalho, a fuga da miséria e da fome, fugas das guerras que permearam a Europa fez-se necessário estas ondas migratórias,em várias partes do mundo, todas focadas com ,  promessas de enriquecimento, de poder de posse de terras, de consumismo, mas a história nos relata as grandes dificuldades de adaptações deste povos aqui no Brasil sofrendo preconceito com a língua,estereótipos, por causa do nazismo e fascismo seus usos e costumes dos quais tiveram que se esconder as manifestações culturais , assim como aconteceu também com ex-escravos que pelo processo de perseguição , preconceito e racismo muitos  esconderam  a sua cultura, e que no passar dos tempo estamos presenciando o momento histórico no Brasil de resgate histórico e cultural destes povos,Com o objetivo conhecer, valorizar, respeitar e mostrar a todos, a diversidades culturais presentes  aqui no Brasil .