quarta-feira, 3 de outubro de 2012

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - NOVA VISÃO

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - NOVA VISÃO

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

ATIVIDADE 01

 

      NÃO SOMOS PREGUISOSO, MAS DIFERENTES.

 

 

 

 

Atividade 01

 

1. Retire do Texto “A resistência indígena” uma frase que revele a resistência dos povos indígenas brasileiros à dominação européia.

“algumas pessoas acharem que os indígenas eram preguiçosos demais para trabalhar na lavoura de cana-de-açúcar e que, por isso, os portugueses trouxeram os africanos.”

2. Leia atentamente o texto “Não são preguiçosos, mas diferentes” e procure escrever sobre as diferenças entre a sociedade portuguesa e as sociedades indígenas.

Existem diferenças em suas culturas. Os portugueses  chegaram aqui e depois de cem anos já tinham destruído muito dos nossos bens naturais. Poluíram os rios atrás de ouro. Caçaram os índios para escravizá-los, os famosos bandeirantes, cantados em prosa e verso eram bandidos que caçavam e matavam os índios. Os portugueses queriam escravizá-los, porém eles queriam a liberdade da natureza, do seu próprio habitat. Enquanto que as sociedades indígenas respeitavam a natureza, retirando dela apenas o necessário para sua sobrevivência. Os portugueses se achavam superiores aos indígenas e por isso tentaram forçá-los a seguir uma cultura que não era deles, a cultura europeia. 

3. Qual é o processo mais comum quando se fala sobre a substituição dos indígenas por escravos negros? Por que esse preconceito é comum?

 Porque os indígenas são vistos como rebeldes e preguiçosos até hoje, por mais que a cultura de outros povos já teve bastante influência na cultura deles, ainda existem muitas comunidades que procuram preservar suas culturas e continuam sendo vistos com esse preconceito, sem serem entendidos que isso é um processo cultural.

4. Cite um exemplo, recente de luta dos grupos indígenas  para garantir seus direitos.

As manifestações dos povos indígenas contra a Portaria 303.

Por todo o país, trancamentos de rodovias, ocupações de prédios públicos e declarações à imprensa mostram que para as comunidades a portaria precisa ser revogada.

“A portaria foi publicada no Supremo em um contexto da petição 3388, que trata da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. A luta agora é para que o Executivo recue e revogue a Portaria”

“Isso porque a Portaria 303 determina, entre outras medidas, que as terras indígenas podem ser ocupadas por unidades, postos e demais intervenções militares, malhas viárias, empreendimentos hidrelétricos e minerais de cunho estratégico, sem consulta aos povos. Por um mero instrumento, a AGU desconstrói o direito constitucional indígena de usufruto exclusivo da terra de ocupação tradicional.”  

“Manifesto dos povos indígenas do Maranhão contra a Portaria 303

Nós, povos indígenas Tenetehara/Guajajara, da Terra Indígena Araribóia, Tenetehara/Guajajara, da Terra Indígena Pindaré, Pukobyê/Gavião, da Terra Indígena Governador e Krikati, da Terra Indígena Krikati, reunidos no II Seminário sobre Controle Social, na aldeia Nova, Terra Indígena Governador, manifestamos nosso repúdio e indignação contra a publicação da Portaria 303, da Advocacia Geral da União.

A Portaria 303 é um atentado à vida de todos os povos indígenas e de seus territórios. Mais uma vez constatamos que a articulação das forças antiindígenas não mede esforços para acabar com os direitos indígenas conquistados na Constituição de 1988. A PEC 215 e a Portaria 303 são manobras utilizadas com o intuito de usurpar os nossos territórios e as nossas riquezas e encontram respaldos dentro do governo federal.

Dessa forma, continuam com suas práticas de criminalização e preconceitos contra a nossa cultura, com a finalidade de confundir a opinião pública e deixar passar seus interesses particulares.

Juntamo-nos à luta dos outros parentes indígenas que já estão protestando país afora e conclamamos os povos que ainda não se manifestaram a fazer o mesmo. Não podemos deixar que os nossos direitos, duramente conquistados, sejam esfacelados para atender os interesses dos latifundiários, das mineradoras, dos bancos e dos políticos.

Aldeia Nova, 01 de setembro de 2012.

Povo Tenetehara/Guajajara – TI Araribóia e TI Pindaré.

Povo Pukobyê/Gavião – TI Governador.

Povo Krikati – TI Krikati”


 

5. Faça um paralelo sobre os povos indígenas e a etnia alemã e austríaca a respeito da língua.

 

Sabe-se que cada etnia tem sua contribuição para a construção da língua portuguesa brasileira. Nos séculos passados, após a chegada dos portugueses em nosso país, tanto as comunidades indígenas, quanto as comunidades alemãs, austríacas e de outras etnias tentaram preservar suas origens, mas por imposição do governo português, a língua portuguesa foi estabelecida como oficial e mais tarde, os imigrantes continuaram sofrendo retaliações por tentarem preservar suas línguas. Sendo assim, existem poucos falantes dessas línguas, restritos em suas comunidades, mesmo que a lei hoje ampare o ensino bilíngue no processo de alfabetização.

Na sua grande maioria nosso país é formado por uma sociedade multilíngue, multiétnica, multirracial e pluricultural.