Atividade 03_Setembro - Professora Marilza
1 – Selecione do texto “Novas ondas migratórias” um
trecho que demonstra a visão da elite, na época, sobre a libertação dos
escravos.
Mesmo antes da assinatura
da Lei Áurea, no dia 13 de maio de 1888, pela princesa Isabel – filha de D.
Pedro II – outro problema perturbava as cabeças de parte da elite nacional,
pois não viam com bons olhos o pagamento do trabalho dos negros e mestiços que
antes eram seus escravos.
2 – Relacione a teoria de Charles Darwin com a
preocupação das elites em “branquear” a população.
Darwin dizia que a espécie humana estava dividida
em raças e que os homens brancos estavam no topo do desenvolvimento entre os
humanos.
Assim
as pessoas que faziam parte desta chamada “elite branca” defenderam a tese do
branqueamento do povo brasileiro, como um projeto nacional. Entendendo assim
que, para atingir esse objetivo, tornava-se
necessário aumentar a quantidade de europeus no Brasil, ou seja, de pessoas
brancas.
3 – Qual o significado da frase que o embaixador
brasileiro, na época, disse ao antropólogo Lévi-Strauss?
“Índios? Infelizmente, prezado cavalheiro, lá se
vão anos que eles desapareceram.”
Para os governantes era
como se os índios e também os negros não tivessem existido no Brasil. Como se
os portugueses tivessem realmente chegado aqui e descoberto uma terra deserta,
onde não existisse vida e que só a partir da chegada deles é que o nosso país
começasse a existir. Entendiam que era necessário “apagar da memória” os traços
e lembranças de nossa herança negra e indígena. Os índios eram vistos como
animais selvagens e não como pessoas.
4 – Compare a vida dos imigrantes europeus e
asiáticos no século XIX com a dos ex-escravos africanos. Qual a sua conclusão?
Primeiramente os
imigrantes europeus vieram para nosso
país em busca de melhores condições de vida e não vieram forçados, não foram
capturados, mesmo em condições precárias, passando por miséria e fome. Segundo,
quando eles não aceitaram as condições de trabalho, pois tiveram que lidar com
uma elite agrária acostumada a tratar de forma preconceituosa com sua mão de
obra, tiveram a liberdade de escolha e puderem ir para as cidades a procura de
novas frentes de trabalho, onde encontraram portas abertas para eles.
Já os negros e mestiços
sofreram a falta de liberdade, a falta de escolha, vieram para cá forçados, sofreram
com a discriminação racial. Os descendentes de negros precisavam disfarçar seus
traços de africanidade, porque o padrão de beleza e de moral no Brasil era o do
homem branco. Assim, até hoje as pessoas
continuam a sofrer o preconceito racial; ainda o padrão de beleza está
deturpado; ainda as pessoas são tidas como raças inferiores só porque descendem
de índios e negros, mas esquecem que em cada brasileiro há um pouquinho do
sangue dos ancestrais desses povos. Que não há negro, nem branco, nem amarelo,
mas há o povo brasileiro, mistura de todas as raças.