sábado, 29 de setembro de 2012


Atividade 03_Setembro - Professora Marilza
1 – Selecione do texto “Novas ondas migratórias” um trecho que demonstra a visão da elite, na época, sobre a libertação dos escravos.
     Mesmo antes da assinatura da Lei Áurea, no dia 13 de maio de 1888, pela princesa Isabel – filha de D. Pedro II – outro problema perturbava as cabeças de parte da elite nacional, pois não viam com bons olhos o pagamento do trabalho dos negros e mestiços que antes eram seus escravos.
2 – Relacione a teoria de Charles Darwin com a preocupação das elites em “branquear” a população.
Darwin dizia que a espécie humana estava dividida em raças e que os homens brancos estavam no topo do desenvolvimento entre os humanos.
     Assim as pessoas que faziam parte desta chamada  “elite branca” defenderam a tese do branqueamento do povo brasileiro, como um projeto nacional. Entendendo assim que, para atingir esse objetivo,  tornava-se necessário aumentar a quantidade de europeus no Brasil, ou seja, de pessoas brancas.
3 – Qual o significado da frase que o embaixador brasileiro, na época, disse ao antropólogo Lévi-Strauss?
“Índios? Infelizmente, prezado cavalheiro, lá se vão anos que eles desapareceram.”
Para os governantes era como se os índios e também os negros não tivessem existido no Brasil. Como se os portugueses tivessem realmente chegado aqui e descoberto uma terra deserta, onde não existisse vida e que só a partir da chegada deles é que o nosso país começasse a existir. Entendiam que era necessário “apagar da memória” os traços e lembranças de nossa herança negra e indígena. Os índios eram vistos como animais selvagens e não como pessoas.

4 – Compare a vida dos imigrantes europeus e asiáticos no século XIX com a dos ex-escravos africanos. Qual a sua conclusão?
Primeiramente os imigrantes europeus vieram para  nosso país em busca de melhores condições de vida e não vieram forçados, não foram capturados, mesmo em condições precárias, passando por miséria e fome. Segundo, quando eles não aceitaram as condições de trabalho, pois tiveram que lidar com uma elite agrária acostumada a tratar de forma preconceituosa com sua mão de obra, tiveram a liberdade de escolha e puderem ir para as cidades a procura de novas frentes de trabalho, onde encontraram portas abertas para eles.
Já os negros e mestiços sofreram a falta de liberdade, a falta de escolha, vieram para cá forçados, sofreram com a discriminação racial. Os descendentes de negros precisavam disfarçar seus traços de africanidade, porque o padrão de beleza e de moral no Brasil era o do homem branco. Assim, até hoje as pessoas  continuam a sofrer o preconceito racial; ainda o padrão de beleza está deturpado; ainda as pessoas são tidas como raças inferiores só porque descendem de índios e negros, mas esquecem que em cada brasileiro há um pouquinho do sangue dos ancestrais desses povos. Que não há negro, nem branco, nem amarelo, mas há o povo brasileiro, mistura de todas as raças.