ATIVIDADE 01 - Professora Marilza
NÃO SOMOS
PREGUISOSOS, MAS DIFERENTES.
Atividade 01
1. Retire do Texto “A resistência
indígena” uma frase que revele a resistência dos povos indígenas brasileiros à
dominação européia.
“algumas
pessoas acharem que os indígenas eram preguiçosos demais para trabalhar na
lavoura de cana-de-açúcar e que, por isso, os portugueses trouxeram os
africanos.”
2. Leia atentamente o texto “Não são
preguiçosos, mas diferentes” e procure escrever sobre as diferenças entre a
sociedade portuguesa e as sociedades indígenas.
Existem
diferenças em suas culturas. Os portugueses
chegaram aqui e depois de cem anos já tinham destruído muito dos nossos
bens naturais. Poluíram os rios atrás de ouro. Caçaram os índios para
escravizá-los, os famosos bandeirantes, cantados em prosa e verso eram bandidos
que caçavam e matavam os índios. Os portugueses queriam escravizá-los, porém
eles queriam a liberdade da natureza, do seu próprio habitat. Enquanto que as sociedades
indígenas respeitavam a natureza, retirando dela apenas o necessário para sua
sobrevivência. Os portugueses se achavam superiores aos indígenas e por isso
tentaram forçá-los a seguir uma cultura que não era deles, a cultura europeia.
3. Qual é o processo mais comum
quando se fala sobre a substituição dos indígenas por escravos negros? Por que
esse preconceito é comum?
Porque os indígenas são
vistos como rebeldes e preguiçosos até hoje, por mais que a cultura de outros
povos já teve bastante influência na cultura deles, ainda existem muitas
comunidades que procuram preservar suas culturas e continuam sendo vistos com
esse preconceito, sem serem entendidos que isso é um processo cultural.
4. Cite um exemplo, recente de luta
dos grupos indígenas para garantir seus
direitos.
As manifestações dos povos indígenas contra a
Portaria 303.
Por todo o país, trancamentos de rodovias, ocupações
de prédios públicos e declarações à imprensa mostram que para as comunidades a
portaria precisa ser revogada.
“A portaria foi publicada no Supremo em um contexto
da petição 3388, que trata da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol,
em Roraima. A luta agora é para que o Executivo recue e revogue a Portaria”
“Isso porque a Portaria 303 determina, entre outras medidas,
que as terras indígenas podem ser ocupadas por unidades, postos e demais
intervenções militares, malhas viárias, empreendimentos hidrelétricos e
minerais de cunho estratégico, sem consulta aos povos. Por um mero
instrumento, a AGU desconstrói o direito constitucional indígena de usufruto
exclusivo da terra de ocupação tradicional.”
“Manifesto
dos povos indígenas do Maranhão contra a Portaria 303
Nós, povos indígenas Tenetehara/Guajajara, da Terra
Indígena Araribóia, Tenetehara/Guajajara, da Terra Indígena Pindaré,
Pukobyê/Gavião, da Terra Indígena Governador e Krikati, da Terra Indígena
Krikati, reunidos no II Seminário sobre Controle Social, na aldeia Nova, Terra
Indígena Governador, manifestamos nosso repúdio e indignação contra a
publicação da Portaria 303, da Advocacia Geral da União.
A Portaria 303 é um atentado à vida de todos os
povos indígenas e de seus territórios. Mais uma vez constatamos que a
articulação das forças antiindígenas não mede esforços para acabar com os
direitos indígenas conquistados na Constituição de 1988. A PEC 215 e
a Portaria 303 são manobras utilizadas com o intuito de usurpar os nossos
territórios e as nossas riquezas e encontram respaldos dentro do governo
federal.
Dessa forma, continuam com suas práticas de criminalização
e preconceitos contra a nossa cultura, com a finalidade de confundir a opinião
pública e deixar passar seus interesses particulares.
Juntamo-nos à luta dos outros parentes indígenas que
já estão protestando país afora e conclamamos os povos que ainda não se
manifestaram a fazer o mesmo. Não podemos deixar que os nossos direitos,
duramente conquistados, sejam esfacelados para atender os interesses dos
latifundiários, das mineradoras, dos bancos e dos políticos.
Aldeia Nova, 01 de setembro de 2012.
Povo Tenetehara/Guajajara – TI Araribóia e TI
Pindaré.
Povo Pukobyê/Gavião – TI Governador.
Povo Krikati – TI Krikati”
http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&action=read&id=6502.
Acessado em 12/09/2012.
5. Faça um paralelo sobre os povos indígenas e a etnia alemã e austríaca a respeito da língua.
Sabe-se que cada etnia
tem sua contribuição para a construção da língua portuguesa brasileira. Nos
séculos passados, após a chegada dos portugueses em nosso país, tanto as
comunidades indígenas, quanto as comunidades alemãs, austríacas e de outras
etnias tentaram preservar suas origens, mas por imposição do governo português,
a língua portuguesa foi estabelecida como oficial e mais tarde, os imigrantes
continuaram sofrendo retaliações por tentarem preservar suas línguas. Sendo
assim, existem poucos falantes dessas línguas, restritos em suas comunidades,
mesmo que a lei hoje ampare o ensino bilíngue no processo de alfabetização.
Na sua
grande maioria nosso país é formado por uma sociedade multilíngue, multiétnica,
multirracial e pluricultural.